segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Dia dos Pais
O Meu Pai Marinheiro de Minas Gerais
Capítulo I

Marinheiro, palavra da língua portuguesa traduzida do grego Pelagio; o  homem que veio do mar.
É claro que em Minas Gerais, em Guaranésia para ser mais precisa, não existe mar. Então quis o destino que o meu pai Pelagio viesse morar nesta bela cidade praiana, Santos.
Ele já se foi há bastante tempo, então não pude estar com ele no Dia dos Pais. Mas ele está comigo sempre, aqui dentro do meu coração e na minha memória.

Para começar, vou contar duas ou três Felicidades que ele me proporcionou:

O enorme embrulho de papel celofane transparente! 
Quando entrei na sala e vi que o Papai Noel me trouxe o que eu pedi fiquei tão feliz que eu podia voar! A emoção de ganhar o meu presente, depois de um ano inteirinho me comportando bem, a minha Bicicleta!  Triciclo ficou sendo coisa de menina pequena, eu agora era grande e podia andar sobre as duas rodas da magrela e mais duas rodinhas até aprender a pedalar! 

Uma caixa de papelão que se mexe!
Tinha um buraco redondo na parte de cima e quando abri nem acreditei, era o cachorrinho que eu tanto queria! Fulvo! Dourado! Trazia um laço vermelho ao pescoço, se chamava Johnny de Iguaçu e aprendeu a ser criança como a gente. 

Galope de automóvel!
Papai enchia a caçamba da perua GMC de crianças, primos, vizinhos e mais o Johnny e nos levava a passear de carro pelas ruas de areia da Ponta da Praia. Enquanto o carro passava, ou melhor, voava sobre as irregularidades do terreno, éramos jogados para o alto e depois para o chão da caçamba! Gritaria geral de alegria, menos o Johnny que era a favor do mutismo. Latir só em último caso! Depois teve o jeep-Willys amarelo que também fez o maior sucesso entre a criançada.

Os olhos maiores que a barriga!  
Elefantes, camelos, porquinhos, pintinhos, maçãzinhas, perinhas, e outras maravilhas de marzipan da Kopenhagen que ele trazia da cidade depois do trabalho. Eu dividia o conteúdo da caixa com a minha irmã mais nova de tal maneira que sempre eram dois pra mim um pra ela; mas logo eu enjoava dos doces e acabava dando praticamente a caixa toda para ela!

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