terça-feira, 26 de março de 2013

Vida sem Glamour - dentes

Olha que  mais sem glamour: quando a gente morde um biscoito cream cracker, duro e seco o suficiente para quebrar o velho dente no maxilar inferior. 

Ele balança, balança mas não cai, porque está ainda preso a um pedacinho da raiz, fraturada mas nem tanto.

Mexe para lá e para cá conforme o jeito que a boca fecha, feito artista de circo na corda bamba. E vai doendo pra lá e pra cá na mesma medida.

Falta um tantinho de nada para se soltar de uma vez  mas,  já que não é dente de leite de criança que cai pra nascer outro lindo e forte no lugar; insiste em ficar para infeccionar e inflamar e doer até que a dentista salvadora, munida do famoso boticão pré-histórico,  arranca o teimoso e o coloca direto no lixo.


Isso me faz lembrar da técnica extração clássica e popular, muito usada no tempo dos homens das cavernas, quando ainda não se falava português nem espanhol nem nenhuma outra língua, só "uga buga", "rroooaaarrr", "ai", "ui" etc. 


www.fagundeslima.blogspot.com
Consistia em amarrar o dente podre na ponta de uma corda amarrada na outra ponta a uma pedra ou rocha  que era então rolada precipício abaixo; junto ía só o dente doente, enquanto o paciente era seguro bem firme para não cair também. 
Isso ainda é usado no Brasil até hoje.

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